maio 06, 2010

E se eu fechar os olhos ainda posso te ver... O brilho do olhar e a voz suave.
Me lembro bem, eu já te conhecia, mas naquela tarde de maio, e as vezes eu penso que nem foi naquela tarde, eu já te amava a tanto tempo.
Mas naquele dia seus olhos brilhavam mais, a sua voz tinha um tom que enfeitiçava e as palavras que você dizia me tiravam o chão, a paz, o ar... Será que você não vê menina ?
Sim eu via, mas não queria estar certa de que aquilo estava mesmo acontecendo, amores impossiveis de acontecer, mas porque impossivel se estava ali bem diante de mim? e Junto com as palavras, com o chão e o ar eu perdi também o juízo e certamente você também.
Naquele inverno nada parecia triste ou cinzento, naquele inverno nada estava frio e todos os amores eram possiveis...
Planos e enganos... existem amores eternos ? Eternos enquanto duram, e quanto duram ? O suficiente para deixar marcas inapagáveis, então hoje quando eu fecho meus olhos, e mesmo de olhos abertos eu ainda te vejo, me olhando, tocando meu rosto, sorrindo de um jeito que eu nunca mais vi, ainda sinto o teu perfume, as músicas cantaralodas ao pé do ouvido e as cartas que juravam um amor sem fim.... Não existe amores sem fim, fato.
Aquele inverno passou e junto com os ventos frios de agosto, setembro uma nova realidade... Impossível!!! Impossível viver com você, impossível viver sem você, agora eu já tinha certeza que te amava o suficiente para enfrentrar o inverno ainda que frio e a primavera ainda que não tão florida e todos os verões e outonos por mais dificeis que pudessem ser, mas eu tinha certeza também que te amava tanto, a ponto de nunca querer te ver sofrer, e eu vi... Não foi minha intenção e a cada lágrima tua eu sentia uma punhalada no peito.
E outubro chegou, um adeus mudo deixou no ar aquilo que não queriamos aceitar. Separados enfim ? Nossos corpos se encontraram outras vezes mas agora os dias passavam cada vez mais depressa e a falta que você fazia torturava. O tempo passou e tanto tempo depois ainda me pego pensando em você, naquele sorriso bobo, as músicas que fazem parte de uma história.
Eu ainda te procuro em meio a multidão, eu ainda te vejo nos rostos desconhecidos eu ainda sinto teu cheiro e penso em você todas as noites de antes de pegar no sono.
Nossas almas na verdade nunca se separaram, e nossos corações nunca aceitaram a distância que se impôs, se impôs pela impossibilidade, pela falta de coragem por amar demais, mas nunca por falta de amor.
E foi por amor que eu tentei sair da tua vida, foi por amor que eu tentei tirar você da minha vida e foi por amor que eu não consegui...
E naquele outubro, naquele adeus sem palavras, apenas sentido pelos dois e por mais ninguém, eles quiseram nunca mais amar...
E outros maios vieram... outros invernos tristes e frios e depois outros agostos e outubros.
E de fato ela nunca mais amou... Ninguém!!!!

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