outubro 01, 2010

Ecos de saudade.

E então ela fechou os olhos e sentiu aquele cheiro outra vez... Um cheiro de pecado, de amor proibido de perca de sentidos.
Há algo nele que a leva pra tão longe que a volta à realidade se torna quase impossível.
Abre os olhos e ao redor tudo faz lembrar, os sons, os gestos e o sussurar no ouvido das palavras que desde aquele dia ecoam como se nunca antes tivessem sido escutadas, Meu amor... 
Algumas coisas tão íntimas, tão de dois que quase são de um só, a respiração ofegante, o suor e o medo numa sensação que não se explica e não se entende.
Uma sincronia perfeita, tão perfeita que ambos ainda custam a acreditar.
Perderam o juízo, perderam a razão mas ganharam algo que poucas pessoas sentem tão completamente: Felicidade.
Talvez nunca mais se encontrem, nunca mais se beijem e se amem, mas toda vez que qualquer um dos dois fechar os olhos irão sentir o mesmo acelerar de batimentos e o faltar do ar, do chão.
Irão abrir os olhos e ainda continuar sentindo tudo aquilo que o tempo (ou a falta dele) e a distância não conseguem apagar, nem ao menos diminuir. Sufoca, escapa, grita! Ninguém escuta, ninguém vê, ninguém mais sente além dos dois e talvez, daqueles que possam olha-los dentro dos olhos, cujo brilho reflete a alegria das mais doces palavras, ditas apenas uma vez, porém sentidas ainda e quem sabe pra sempre por dois, que por alguns instantes foram um. 
Saiu, fechou a porta e abriu os olhos, vez em quando faz o inverso, fecha os olhos e abre a porta como se de alguma forma aquele momento pudesse voltar, como se as doces palavras pudessem ser repetidas com a mesma intensidade... Meu amor...  

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