julho 25, 2011

Entre acertos e erros, voltas e (re)voltas.

Agora era tarde, o que estava feito não tinha volta.
Até pensou em se explicar, dizer que foi tola, carente, mas ele não permitia...
Não queria mais uma palavra, trouxe a mala grande e pediu que ela não estivesse lá quando ele voltasse.
Saiu, sentou-se a mesa de um bar qualquer e bebeu, bebeu o quanto pode.
Marina acendeu um cigarro pós o outro, bebeu um resto de vinho que ainda tinha na garrafa, um a um colocou seus livros, cds, roupas e sapatos na mala. Algumas horas para guardar uma vida, algumas bobagens para destruir duas.
Quando ele voltou, ainda estavam lá, Marina e a mala...  E como chovia lá fora, era tarde, embriagados, amaram-se e foram ficando.
E assim tudo aos poucos foi ficando como estava. As roupas tiradas da mala, as mágoas colocadas.
Descobriram que o amor é forte, descobriram também que algumas lições não se aprendem nos livros, outras sim. Amor vincit omnia. 

julho 18, 2011

As partes do Todo que a gente é.

Quando o amor é sincero ele vem com um grande amigo, e quando a amizade é concreta ela é cheia de amor e carinho.

William Shakespeare
 
Toda a felicidade do mundo à nossa amiga mais linda... @@
Feliz aniversário Mai.

julho 14, 2011

Diálogos ...

Eu tenho medo da independência dela...
Mamãe posso usar a internet ?
Quando eu cansar pode.
Algum tempo depois...
Já cansou mamãe ? 
O que você quer ver aqui Clara ?
Ah eu quero entrar no meu facebook.
Ham ? E desde quando você tem um facebook ?
Desde ontem ueh (com uma naturalidade imensa)
Ah é ? E quem fez pra você ?
Eu ueh, digitei no google ai tava escrito criar uma conta e eu fiz um.
Ah! poof!
Detalhe, ela tem 6 anos.

julho 06, 2011

Paisagem, passagens, caminhos, solidão...


Havia sol quase todos os dias. 
Outros céu nublado, chuva, chuvisco, tempestade, arco-íris...
Havia sempre transito parado, sinal fechado, gente apressada, mãe segurando criança pela mão, onibus lotado, buzina, carro quebrado.
Não precisava sair de casa para que pudesse descrever detalhadamente cada som, cada cor, cada passo.
As flores no caminho, as cores das fachadas...
Hoje o dia estava ensolarado, seu coração ansiava por algo que não compreendia.
Talvez estivesse apenas cansada da regularidade dos dias. 
Sol, algumas vezes chuva, olhares furtivos, abraços apressados, beijos roubados. Pareceu-lhe tudo sempre tão igual.
Ou então, estivesse cansada de dividir com o mundo esse cenário diário onde de fato nada era seu.
Caminhava entre a multidão e sentia-se tão só, tão diferente, destoante da paisagem.
O coração desejava paz, boa companhia, simplicidade, tempo...
O coração queria tempo. Era isso! E tempo era uma coisa que ele não tinha para ela, pensou.
Fingia não  importar-se em viver assim, onde TUDO e NADA lhe pertenciam...
Mas a verdade era que importava-se sim.


Eu não aceito nada, nem me contento com pouco - eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo!

Caio F.